Saldo da balança comercial do Brasil ultrapassa pela primeira vez a marca de US$ 50 bilhões.
Na terceira semana de setembro, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,080 bilhão, resultado de exportações no valor de US$ 4,550 bilhões e importações de US$ 3,470 bilhões. No mês, as exportações chegam a US$ 9,108 bilhões e as importações, a US$ 6,654 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,454 bilhões. No ano, as exportações são de US$ 155,050 bilhões e as importações, US$ 104,491 bilhões, com saldo positivo de US$ 50,560 bilhões.
A média das exportações da terceira semana (US$ 910 milhões) ficou 0,2% abaixo da média até a segunda semana (US$ 911,6 milhões), em razão da queda nos embarques de produtos manufaturados (19,1%, por conta, principalmente, de aviões, óleos combustíveis, motores e turbinas para aviação, óxidos e hidróxidos de alumínio, e suco de laranja não congelado). Por outro lado, cresceram as vendas de produtos semimanufaturados (25,6%, em razão de celulose, semimanufaturados de ferro e aço, açúcar em bruto, ouro em formas semimanufaturadas, e alumínio em bruto) e de produtos básicos (7,5%, por conta de petróleo em bruto, minério de ferro, farelo de soja, soja em grãos, e carnes salgadas).
Nas importações, houve crescimento de 9%, sobre igual período comparativo (média da terceira semana de US$ 694,1 milhões, sobre média até a segunda semana, de US$ 636,7 milhões), explicada, principalmente, pelo aumento nos gastos com siderúrgicos, plásticos e obras, químicos orgânicos e inorgânicos, combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos e veículos e partes.
Análise do mês
Nas exportações, comparadas a médias até a terceira semana de setembro (US$ 910,8 milhões) com a média de setembro/2016 (US$ 752,4 milhões), houve crescimento de 21,1%, em razão do aumento nas vendas das três categorias de produtos: básicos (33,5%, causado, principalmente, por de soja em grãos, milho em grãos, minério de ferro, carnes bovina e de frango e petróleo em bruto), manufaturados (16,4%, por conta de automóveis de passageiros, torneiras, válvulas e partes, óxidos e hidróxidos de alumínio, máquinas e aparelhos para terraplanagem, motores e turbinas para aviação) e semimanufaturados (7,4%, por conta de celulose, ferro-ligas, ouro em formas semimanufaturadas, ferro fundido, madeira serrada ou fendida). Em relação a agosto deste ano, houve crescimento de 7,6%, em virtude do aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (15%), manufaturados (7,6%) e básicos (6,9%).
Nas importações, a média diária até a terceira semana deste mês (US$ 665,4 milhões) ficou 16,6% acima da média de setembro do ano passado (US$ 570,8 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (32,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (32%), equipamentos eletroeletrônicos (31,5%), veículos automóveis e partes (20,4%) e equipamentos mecânicos (17,4%). Em relação a agosto de 2017, houve crescimento de 10,3%, pelo aumento em siderúrgicos (39%), químicos orgânicos e inorgânicos (27,6%), equipamentos mecânicos (24,8%), plásticos e obras (20,6%) e equipamentos eletroeletrônicos (10,4%).
Fonte: MDIC